quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Sesi e Senai voltam a dizer não

Disseram não para a ampliação do auxílio creche, transparência nas demissões, intervalo de descanso...

Na terceira rodada de negociação, dia 22/02, o Sesi e o Senai recusaram as reivindicações que tinham sido apresentadas na reunião anterior, no dia 15.
Apesar da negativa, a Fepesp e os sindicatos vão insistir na discussão, pois são demandas importantes para todos os professores.
Veja ponto a ponto o que foi discutido:

Técnicos de ensino
Sobre os boatos de um possível reenquadramento dos técnicos de ensino, a partir do qual eles deixariam de ser representados pelos Sinpros (perdendo benefícios como recesso e hora-atividade), o SENAI desmentiu a notícia e informou que não existe nenhuma tentativa de mudança.
Educação Física
A reivindicação da Fepesp e dos sindicatos se refere à atribuição de aulas para professores de educação física (EF) em classes do 1º ao 5º ano. O Sesi informou que, no período integral, as aulas de “vivência esportiva” (quatro semanais) serão atribuídas aos professores de educação física, mas as de “linguagem” (duas semanais) continuarão a ser ministradas pelas professoras regentes. Os sindicatos questionaram o critério de atribuição das aulas e a necessidade de habilitação, mesmo nas aulas para crianças.
Intervalo de descanso
O Sesi informou que o intervalo dos professores está sendo normatizado por meio de uma instrução de serviço, que proíbe a transmissão de recados ou mini-reuniões pedagógicas durante o intervalo de descanso, bem como veda exigir do professor que ele tome conta de criança durante o recreio (isso já faz parte do Acordo Coletivo).
Para a Fepesp, o documento não resolve o problema. A história tem mostrado que a cada reclamação dos sindicatos, a DE estuda medidas paliativas e, como tal, insuficientes. A última vez que isso ocorreu foi no ano passado.
O fato é que nem todos os professores, especialmente os de educação infantil e os de período integral, têm assegurado um intervalo de descanso. Mesmo quando o intervalo existe, como no caso dos aulistas, é comum que ele não seja respeitado por coordenadores ou diretores.
Queremos uma norma definitiva, no Acordo Coletivo, que torne obrigatória a concessão de intervalo de descanso para todos os professores.
Auxílio -creche
Já sobre o pagamento do auxílio-creche para crianças de até 1 ano, os representantes patronais alegaram que o tema deverá ser discutido junto com as demais reivindicações de natureza econômica (reajuste, vale-alimentação).
Transparência nas demissões
Os sindicatos reivindicaram que a razão da dispensa conste na carta de demissão, como recomenda a Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) e que os professores possam ser recontratados, se aprovados em novo concurso. Os negociadores do Sesi/Senai rejeitaram a possibilidade de adotar a Convenção 158, mas podem estudar a revisão de algumas exigências para os candidatos à recontratação.

Tirado do site da nossa Federação: http://www.fepesp.org.br/

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Aos professores da UNIFIG: VITÓRIA!

Estivemos ontem, 08/02/2011, em audiência no TRT (dissídio de greve) para discutir a reintegração dos professores demitidos no final do ano. Conseguimos - após longa negociação - a reintegração de todos aqueles que fizeram essa opção. São 15 professores(as), 100% dos que pediram a reintegração e aproximadamente 50% dos demitidos.
Os salários em atraso - novembro, dezembro, janeiro e o décimo terceiro - serão pagos da seguinte forma: 1/10 do 13o. em 9/02 e o saldo do 13o. em 3x, sendo que a última parcela acrescida de 5% de multa indenizatória (conforme informado na última assembleia), salário de janeiro integral em 15/02 e o saldo - salário de novembro e dezembro - parcelado em 6x com vencimentos quinzenais (15/03, 30/03, 15/04, 30/04. 15/05 e 30/05).
Consideramos o resultado desse dissídio uma grande vitória da nossa categoria, uma vitória dos professores demitidos e dos não demitidos que estiveram empenhados em garantir nossos direitos, uma vitória que reestabelece mais do que emprego e salário, mas que reestabelece, acima de tudo, a dignidade de todos os professores que sofreram com as arbitrariedades cometidas ao longo de 2010.
Estamos certos de que aqui se firma um marco nas relações com a mantenedora da FIG, tanto quanto estamos certos de que com a participação da categoria estamos, no Sinpro Guarulhos, consolidando um sindicalismo de luta, classista, autônomo e vigilante.
Os professores que optaram pela não reintegração deverão ingressar com ação individual, pois a proposta apresentada na audiência de ontem foi de parcelamento em 30x das verbas rescisórias. Tal proposta foi recusada pelo Sinpro Guarulhos e já estamos encaminhando as ações dos professores que já passaram pelo jurídico. Nosso advogado está estudando a possibilidade de homologação - com todas as ressalvas - para que os demitidos possam sacar FGTS e dar entrada no seguro desemprego.

Estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos.

Andrea
Pela diretoria do Sinpro Guarulhos

E.T: Os professores devem ficar atentos ao processo de atribuição de aulas, pois os reintegrados devem participar da atribuição nos mesmos moldes - previstos pela Convenção Coletiva de Trabalho - que os demais professores.