sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A realidade dos professores do Colégio Machado de Assis


"O conto-do-vigário é o mais antigo gênero de ficção que se conhece."
(Machado de Assis)

 Em outubro passado denunciamos a situação vivenciada pelos professores do Colégio Machado de Assis que, entre tantas irregularidades, estão sofrendo com a ausência do pagamento do 13° dos dois últimos anos, das férias, de cesta-básica, ausência de registro em carteira e do direito básico de qualquer trabalhador: o pagamento de salários.

Foram várias as tentativas do Sinpro Guarulhos em exigir a regularização por parte da instituição. A mantenedora promete, há tempos, cumprir as obrigações trabalhistas descritas em nossa Convenção Coletiva. As promessas, porém, nunca se cumprem e a situação dos professores apenas vem se agravando: são cinco meses de trabalho não remunerado; são anos em que o colégio vem se beneficiando com o prejuízo de trabalhadores.

Neste texto viemos para dar o seguinte recado: chega de desrespeitar os professores! O sindicato não mediará esforços para exigir que se cumpram nossos direitos - frutos de uma história intensa de lutas, a qual não deixaremos que patrão nenhum negligencie. Como todo conto-do-vigário, esse terá um fim – mas um fim dessa vez sem promessas.

Professor(a): juntos, podemos mudar essa história - que deveria ser ficção, mas que, sabemos muito bem, é a dura realidade. Trabalhar sem receber salário não dá. Procure seu sindicato, vamos nos mobilizar.

Sindicato é pra lutar!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

UNIFIG e Colégio Integrado parcelam arbitrariamente 13º salário dos docentes


Os problemas trabalhistas na Unimesp-FIG e no colégio Integrado voltam a preocupar. No final do ano passado, após longo atraso nos pagamentos dos coordenadores da FIG, os professores voltaram a conviver com a possibilidade de atraso nos pagamentos. Isso porque a primeira parcela do décimo terceiro salário não foi paga na data prevista, como, aliás, não foi paga, posto que houve um parcelamento.

O reitor da FIG (professor Gilmar) nos procurou em outubro quando manifestou preocupação com o pagamento do 13º, mas sempre com a expectativa de que houvesse um aporte ou um empréstimo bancário. O Sinpro em todas as ocasiões manifestou sua discordância em relação, ao que na época, era uma proposta de parcelamento em 4 ou 5 vezes.

Contudo, arbitrariamente, foi feito o parcelamento - à revelia da negociação que estava em curso – em 6 vezes, sem considerar sequer a multa por atraso no pagamento do 13º. O fato é que muitos professores e professoras mais uma vez precisarão recorrer a empréstimos por conta da negligência dos mantenedores da FIG, pois a maior parcela dos trabalhadores conta com o 13º para liquidar ou minimizar dívidas, que resultam frequentemente da defasagem salarial.

Agrava e avilta ainda mais a situação dos trabalhadores na FIG e no Integrado a postura inconseqüente e oportunista com que seus gestores e mantenedores agiram em relação aos professores demitidos: não pagaram as verbas rescisórias de docentes que dedicaram muitos anos de trabalho a estas instituições. Foram quinze demitidos, entre FIG e Integrado, que receberam além da demissão uma proposta absurda de parcelamento das verbas rescisórias em 12, 18, 24 e até 30 vezes. O Sinpro reuniu os professores demitidos e os orientou a ingressar com reclamação trabalhista na justiça do trabalho a fim de serem indenizados pelos problemas causados.

A diretoria do Sinpro considerava que havia por parte dos atuais gestores maior compromisso com as questões trabalhistas, mas, desde que soubemos do parcelamento do 13º e da falta de pagamento das verbas rescisórias, tentamos várias vezes contato com o reitor sem que tenha havido qualquer retorno. Razão por que foi protocolado um pedido de mesa-redonda junto à DRT com o propósito de solicitar a mediação do Ministério do Trabalho nesse caso.

E não é só: o FGTS não está sendo pago há muito tempo. Como se vê, mais uma vez estamos diante da irresponsabilidade dos mantenedores da UNIFIG que, indiferentes aos problemas que causam aos trabalhadores, continuam ignorando a legislação trabalhista que orienta o contrato de trabalho.


SINDICATO É PRA LUTAR!