Por
Beth Koike | De São Paulo
Após
três anos sem a criação de novas unidades de ensino a distância, a Anhanguera
vai retomar a abertura de polos. O grupo educacional planeja ter mais 200
unidades dessa modalidade de ensino em 2014. "Vamos dobrar o atual número
de polos que temos hoje", disse Ricardo Scavazza, presidente da
Anhanguera.
Ainda
em relação à expansão orgânica, a companhia prevê no próximo ano a inauguração
de cinco campi, cujas localidades não foram reveladas.
A
Anhanguera também volta a avaliar aquisições, depois de mais de um ano focada
na consolidação da compra da Uniban. "Vão ser aquisições seletivas, coisas
pequenas. Não queremos aumentar nosso endividamento, nem levantar
recursos", disse Scavazza. O executivo afirmou que tem preferência por
grupos educacionais de ensino presencial.
A
companhia registrou, no terceiro trimestre, crescimento de 36% no volume de
novos alunos de graduação e pós-graduação quando comparado a um ano antes. Essa
expansão foi puxada pelos cursos presenciais, cujo número de matrículas
aumentou 43%. Desconsiderando a compra da Uniban, a Anhanguera registrou alta
de 23% na captação de estudantes de cursos presenciais e de 26% no ensino a
distância.
"Neste
ano, estamos crescendo a patamares muito superiores aos dos períodos
anteriores. Até o ano passado, nossa taxa de crescimento em cursos presenciais
era de 10%", disse Scavazza.
A
mola propulsora dessa expansão é o Fies, financiamento estudantil do governo
que está registrando forte demanda neste ano por causa da flexibilização nas
regras de concessão. A companhia encerrou o terceiro trimestre com 60 mil
alunos estudando com ajuda do Fies. Esse volume representa cerca de 20% do
total de alunos de cursos presenciais no ensino superior.
A
aquisição da Uniban também refletiu fortemente no lucro líquido que somou R$ 48
milhões, um aumento de 173% sobre igual trimestre do ano passado. A receita
líquida avançou 36,5% para R$ 422,2 milhões. Considerando apenas o crescimento
orgânico, a alta foi de cerca de 20% tanto no lucro quanto na receita.
A
margem Ebitda caiu de 25,9% para 21,7% no terceiro trimestre por conta do
aumento nas despesas de marketing e no custo dos serviços prestados.
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