quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

"Especial de fim de ano": a UnG e a redução de jornada


Na última semana antes do recesso, as aulas do semestre subsequente costumam ser atribuídas nas instituições de ensino superior.

Não é de hoje que recebemos ligações de professores das IES privadas reclamando da redução parcial ou total de sua jornada de trabalho. E neste final de ano não tem sido diferente na UnG: enquanto alguns professores sentem-se pressionados a assinar uma carga horária menor que a vigente, outros sequer tiveram aulas atribuídas. Para exemplificar a situação dos professores desta universidade, podemos citar o caso de André Luiz de Carvalho, professor do curso de licenciatura em geografia há mais de 8 anos na UnG. Segundo o professor, as aulas deveriam ter sido atribuídas entre 10 e 15 de dezembro, porém no dia 17 o professor encontrava-se sem nenhuma aula. André nos relatou ainda que desde 2011 vinha sofrendo alterações em seu contrato e diminuições arbitrárias de sua jornada, tendo que assumir até turmas on line (cujas regulamentações trabalhistas desconhecemos).

Para piorar, o professor compareceu no RH esta semana e foi informado que sua situação na instituição era a de “licenciado sem remuneração”. Ele, porém, nunca assinou nenhum documento solicitando tal licença. Cabe aqui um questionamento: em que se baseia a UnG para modificar a situação trabalhista de seus professores? Nossa Convenção é muito clara ao estabelecer a obrigatoriedade de comum acordo entre as partes para qualquer tipo de alteração no contrato de trabalho. Porém tudo o que for possível a uma empresa fazer para reduzir custos - ainda que, para isso, seja necessário passar por cima dos nossos direitos - aparentemente será feito. Chega! Será que não bastam os baixos salários, os problemas sucessivos com depósito de FGTS e todo histórico de irregularidades que a UnG apresenta há anos?


Professor(a): saiba que você não é obrigado(a) a assinar nenhuma redução/alteração de jornada de trabalho sem que, de fato, esteja de acordo. As arbitrariedades precisam ser denunciadas para que, assim, possamos tomar as medidas cabíveis. Entre em contato com seu sindicato! Não fique só!!

SINDICATO É PRA LUTAR!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

EBE OBJETIVO DESRESPEITA PROFESSORES

De acordo com legislação vigente, Professor é quem exerce a função de ministrar aulas. Algumas escolas, infelizmente, não respeitam essa determinação – como é o caso do EBE Objetivo, onde os Professores, além de lecionar (e preparar as aulas, e corrigir atividades, e elaborar provas, e organizar diários, ...) também são responsabilizados pelo fechamento das salas de aula e pelas chaves de cada uma delas. E não é só isso: a escola ainda cobra dos Professores um valor (absurdo!) de R$ 40,00 em caso de perca da chave. O desvio de função não para aí – no EBE Objetivo os Professores também são responsabilizados por convencer os alunos a efetuarem sua rematrícula, função esta que é estritamente administrativa. Haverá, para 2013, um “incentivo financeiro” ao professor que conseguir um maior número de rematrículas. Cabe aqui um questionamento: por que, ao invés de um “incentivo financeiro” para realizar uma função que não cabe ao Professor, a escola não reajusta o salário dos funcionários? Afinal, a quem serve este “incentivo”?
No dia 10 de março deste ano, um sábado, os Professores participaram de uma atividade em São Paulo denominada “Encontro Pedagógico”. Esta, como qualquer atividade exercida fora do horário habitual de trabalho, deveria ter sido remunerada como hora-extra. Os Professores não receberam, porém, nenhuma remuneração – sequer um “incentivo financeiro”.
De acordo com nossa Convenção Coletiva, a escola deve fornecer dois uniformes por ano, quando o seu uso for exigido. O EBE, por seu turno, exige dos Professores o uso de avental, mas só fornece uma unidade do mesmo que, em caso de perda, deve ser reembolsada pelo Professor no valor de R$ 60,00.
A instituição não se furta em chamar a atenção indevidamente dos docentes quando ocorrem faltas – vale frisar que a falta não é uma concessão, mas um direito de todo trabalhador e, ao contrário do que os patrões alegam, elas nem sempre são previstas e, quando justificadas no prazo fixado por lei, devem ser abonadas. Além disso, a escola alega que os pais de aluno reclamam que os Professores saem durante a aula (para ir ao banheiro ou beber água, por exemplo) – porém nada se diz a respeito das convocações feitas pela própria direção da escola no meio das aulas.
Outros absurdos andam ocorrendo, como, por exemplo, a proibição dos Professores tomarem lanche dentro da sala dos Professores quando este é comprado na venda ao lado da escola. Em que se baseia a mantenedora para determinar onde o docente deve comprar o seu próprio lanche?
O Sinpro Guarulhos não admitirá desrespeito e abusos contra nenhum Professor. Já passou da hora da mantenedora do EBE Objetivo entender que há uma legislação a ser seguida por toda escola e o critério que ela se utiliza para passar por cima dos nossos direitos, alegando ser a escola sua propriedade, não possui nenhuma base legal. Portanto, vamos continuar fazendo a denúncia e lutando pelo respeito aos nossos direitos e ao nosso trabalho.


PROFESSOR, NÃO ACEITE DESRESPEITO PATRONAL: 
DENUNCIE AO SINPRO!

SINDICATO É PRA LUTAR!