Na coluna “Opinião” do Diário de Guarulhos, edição de quinta-feira, 5 de novembro de 2009 (confira texto na íntegra: http://www.olhao.com.br/jornal/dgnews/jornal/materia.jsp?id=9143&ca=47 ), apresenta-se sob o título de “Caminhos para Roma” o artigo que trata dos recentes acontecimentos envolvendo as trabalhadoras do antigo Núcleo Habitacional Paraíso do Jardim Jacy e atual São João Batista.
Lamentável o fato de o referido artigo trazer informações gravemente equivocadas, pois há muito tempo apresentamos a demanda das escolas conveniadas à imprensa de Guarulhos a fim de tornar pública a situação dos trabalhadores e das crianças atendidas, mas é evidente que com o cuidado que essas informações exigem e que não foi o critério utilizado pelo autor da coluna.
De início, o emprego do termo “comandados” (terceiro parágrafo) não condiz com a prática sindical do Sinpro Guarulhos, pois pressupõe que alguém naquela circunstância mandava. Essa idéia por si só contraria a natureza daquela manifestação, assim como contraria o sindicalismo que praticamos: todas as decisões de encaminhamento foram tomadas com base em deliberação das professoras presentes, portanto o Sinpro – ali representado pelos diretores: Andréa, Nara, Ezio e Juan – no uso do papel político que lhe cabe, esteve junto dos trabalhadores e coordenou a ação. Talvez o jornal esteja acostumado com um sindicalismo personalista e autoritário, mas deve discernir práticas antagônicas.
Mais adiante o autor atribui a coordenação da reunião entre representantes do Sinpro, representantes da Secretaria de Educação e das professoras ao secretário de Governo Alencar Santana, essa falha mais grave inclusive que a anterior carece de reparos imediatos. O Sinpro dialogava naquele momento com Neide Marcondes Garcia e Josmar Nunes de Souza, ambos diretores da Secretaria de Educação. O Alencar chegou apenas no final da reunião, quando todos os encaminhamentos já tinham sido dados e não acrescentou nada, por outro lado é preciso salientar que apenas com a participação dos referidos diretores da Secretaria de Educação é que foi possível pautar com segurança os problemas e avançar nas possíveis soluções. Alencar, por sua vez, teve outras oportunidades de se mostrar sensível e comprometido com os problemas que os trabalhadores de conveniadas enfrentam desde longa data, e não o fez. Ao contrário, quando o Sinpro em 2006 fazendo uso da plenária na Câmara Municipal, devido a problemas semelhantes com a APEP, também conveniada, ele questionou os interesses do Sinpro em defender aquelas professoras, nos acusando de oportunistas e ignorando a situação enfrentada pelas trabalhadoras que estavam há três meses sem salários. Ora, é absolutamente inadmissível atribuir ao Alencar qualquer orientação para o Sinpro, por sinal: não queremos e não precisamos -, tampouco, atribuir a ele o sucesso da negociação. Nós não temos qualquer interesse no jogo político – esse sim muitas vezes oportunista – que diferentes grupos em diferentes circunstâncias podem ter, e não compactuamos com isso.
No final do artigo ainda constam dois problemas, o primeiro: “tudo se resolveu”. Não, a resolução só será afirmada por nós e pelas professoras do Jardim Jacy quando houver efetivamente o pagamento e mesmo assim, trata-se de uma solução parcial. Muito há que se avançar e regulamentar no trabalho docente em conveniadas e estamos, nesse momento, diante de uma possibilidade real de avanço. Contudo ainda é uma possibilidade.Finalmente, para encerrar o artigo com chave de ouro, o autor faz a seguinte afirmação “Depois dessa novela, tem muita gente se perguntando que caminho realmente leva a Roma.”. Nesse ponto, a infelicidade da opinião é ainda maior: é preciso distinguir ficção de realidade. A realidade é essa aí: cinco meses de salários atrasados e todos os problemas diretos que decorrem desse atraso... Isso é realidade! Os baixos salários dos professores das redes pública e privada, o acúmulo de trabalho, os freqüentes atrasos, salas superlotadas. Isso é realidade! Uma realidade da qual as professoras do Jardim Jacy são exemplos nesse momento e cuja condição econômica não permite sequer chegar ao edifício Itália, muito menos levar a Roma.
Lamentável o fato de o referido artigo trazer informações gravemente equivocadas, pois há muito tempo apresentamos a demanda das escolas conveniadas à imprensa de Guarulhos a fim de tornar pública a situação dos trabalhadores e das crianças atendidas, mas é evidente que com o cuidado que essas informações exigem e que não foi o critério utilizado pelo autor da coluna.
De início, o emprego do termo “comandados” (terceiro parágrafo) não condiz com a prática sindical do Sinpro Guarulhos, pois pressupõe que alguém naquela circunstância mandava. Essa idéia por si só contraria a natureza daquela manifestação, assim como contraria o sindicalismo que praticamos: todas as decisões de encaminhamento foram tomadas com base em deliberação das professoras presentes, portanto o Sinpro – ali representado pelos diretores: Andréa, Nara, Ezio e Juan – no uso do papel político que lhe cabe, esteve junto dos trabalhadores e coordenou a ação. Talvez o jornal esteja acostumado com um sindicalismo personalista e autoritário, mas deve discernir práticas antagônicas.
Mais adiante o autor atribui a coordenação da reunião entre representantes do Sinpro, representantes da Secretaria de Educação e das professoras ao secretário de Governo Alencar Santana, essa falha mais grave inclusive que a anterior carece de reparos imediatos. O Sinpro dialogava naquele momento com Neide Marcondes Garcia e Josmar Nunes de Souza, ambos diretores da Secretaria de Educação. O Alencar chegou apenas no final da reunião, quando todos os encaminhamentos já tinham sido dados e não acrescentou nada, por outro lado é preciso salientar que apenas com a participação dos referidos diretores da Secretaria de Educação é que foi possível pautar com segurança os problemas e avançar nas possíveis soluções. Alencar, por sua vez, teve outras oportunidades de se mostrar sensível e comprometido com os problemas que os trabalhadores de conveniadas enfrentam desde longa data, e não o fez. Ao contrário, quando o Sinpro em 2006 fazendo uso da plenária na Câmara Municipal, devido a problemas semelhantes com a APEP, também conveniada, ele questionou os interesses do Sinpro em defender aquelas professoras, nos acusando de oportunistas e ignorando a situação enfrentada pelas trabalhadoras que estavam há três meses sem salários. Ora, é absolutamente inadmissível atribuir ao Alencar qualquer orientação para o Sinpro, por sinal: não queremos e não precisamos -, tampouco, atribuir a ele o sucesso da negociação. Nós não temos qualquer interesse no jogo político – esse sim muitas vezes oportunista – que diferentes grupos em diferentes circunstâncias podem ter, e não compactuamos com isso.
No final do artigo ainda constam dois problemas, o primeiro: “tudo se resolveu”. Não, a resolução só será afirmada por nós e pelas professoras do Jardim Jacy quando houver efetivamente o pagamento e mesmo assim, trata-se de uma solução parcial. Muito há que se avançar e regulamentar no trabalho docente em conveniadas e estamos, nesse momento, diante de uma possibilidade real de avanço. Contudo ainda é uma possibilidade.Finalmente, para encerrar o artigo com chave de ouro, o autor faz a seguinte afirmação “Depois dessa novela, tem muita gente se perguntando que caminho realmente leva a Roma.”. Nesse ponto, a infelicidade da opinião é ainda maior: é preciso distinguir ficção de realidade. A realidade é essa aí: cinco meses de salários atrasados e todos os problemas diretos que decorrem desse atraso... Isso é realidade! Os baixos salários dos professores das redes pública e privada, o acúmulo de trabalho, os freqüentes atrasos, salas superlotadas. Isso é realidade! Uma realidade da qual as professoras do Jardim Jacy são exemplos nesse momento e cuja condição econômica não permite sequer chegar ao edifício Itália, muito menos levar a Roma.
Um comentário:
Caros colegas,
Este é o jornal mais direitista da cidade. A democracia que eles pregam é só conveniência.
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