segunda-feira, 19 de março de 2012

Anhanguera/Torricelli desrespeita professores e alunos

A Anhanguera Educacional não cansa de dar lições de como se consagrar como um anti-modelo de universidade. A situação que já era ruim devido aos mais de 1500 professores demitidos no estado de São Paulo no final de 2011 só se agravou com o início do ano.

Desde fevereiro o Sinpro Guarulhos vem recebendo denúncias e reclamações de docentes da instituição que expressam a violenta precarização das relações de trabalho que a Anhanguera está impondo goela abaixo de professores e alunos.

A começar pela redução arbitrária de jornada de vários professores – que à revelia da convenção coletiva de trabalho – foi feita pelos gestores da Anhanguera. Além de juntarem turmas, renomearem cursos e de vários docentes acusarem a absoluta falta de condições de trabalho. Os projetos A4 e A3 da instituição que visam a reduzir a semana de aulas, inicialmente de 5 para 4 dias e depois de 5 para 3 dias, somada a redução do horário de aula dão prova cabal do desinteresse e do desserviço que a Anhanguera presta no município, pois as práticas trabalhistas evidenciam o descaso com professores, alunos e mais ainda com a própria educação.

Não bastassem todos esses fatos, no último mês a Anhanguera atrasou salários de parte dos docentes e pagou parcialmente a outros. O Sinpro Guarulhos tentou contato imediatamente com o RH e foi surpreendido com o fato de que neste momento ninguém responde por ele. Em Valinhos, onde fica o RH central, ninguém responde também e a informação que nos foi passada é apenas de que se trata de erro de sistema!!!

A Federação dos Professores do Estado de São Paulo (FEPESP), por meio de seu coletivo jurídico, em reunião realizada no dia 6 de março, deliberou sobre as ações cabíveis tendo em vista a situação relatada e muito bem conhecida pelos professores da Anhanguera

Entretanto não bastam apenas as ações jurídicas. É chegada a hora de nos mobilizarmos para que essa situação seja revertida. É imperativo anunciarmos nossa indignação, por uma questão de justiça, e mais, por uma questão de decência. Essa é a hora do basta!

SINDICATO É PRA LUTAR!

Um comentário:

Mauricio Pinheiro disse...

Coisas que já esperamos, a Anhanguera não age assim só porque quer, tem apoio, para o MEC interessa números de pessoas que cursam o ensino superior, não importa o quanto precário é o ensino e o quanto precarizados são os professores e outros funcionários.
O que precisa acabar é essa postura do governo de permitir os EADs nas graduações e universidades fast food,como é o caso da Anhanguera, e tantas outras espalhadas por ai.
Não basta lutar contra essa universidade, a luta é contra o projeto educacional do MEC, que procura ter nos bancos das escolas apenas mão-de-obra barata a serviço do mais brutal capitalismo (como se houvesse alguma forma de capitalismo que não fosse brutal)
Até