Após a demissão em massa no ano passado, a Anhanguera iniciou 2012
atrasando salários de professores nas unidades do Estado de São Paulo.
Parte dos docentes recebeu, mas o valor é menor do que foi contratado.
Desde janeiro, a cada início de mês, os professores não sabem o
que será depositado em suas contas. Em Osasco, por exemplo, uma
professora recebeu apenas 37% do salário.
Os casos repetem-se em outras cidades, como Guarulhos e Sorocaba. Pra piorar a situação, nenhum professor consegue ter acesso ao holerite eletrônico pelo sistema da empresa.
Boa parte da reunião de 08/05 dos sindicatos da Fepesp foi tomada
pelos problemas com a Anhanguera. O descaso com os professores ocorre
ao mesmo tempo em que se divulga o lucro líquido da empresa nos
primeiros meses do ano: R$ 62 milhões.
Em dezembro, a Anhanguera demitiu quase 1.600 professores só no
Estado de São Paulo, segundo levantamento da Fepesp. A maior parte dos
demitidos é formada de mestres e doutores.
As demissões e outras mudanças levaram os alunos a protestar. Em
23/04, houve manifestação na unidade da Vila Guilherme (na antiga
Uniban) contra "Ambiente Virtual de Aprendizagem", que eliminou as aulas
às sextas-feiras à noite.
'Modelo educacional' nacional
Os problemas com a Anhanguera foram discutidos em audiência pública da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Lá, as demissões foram de dezembro do ano passado a fevereiro deste ano.
Os deputados estaduais já haviam se mobilizado em São Paulo, em
08/02, quando os professores denunciaram o tratamento que recebiam da
faculdade.
Texto: Fepesp.
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