quinta-feira, 17 de maio de 2012

Anhanguera: lucros e calote, de novo

Após a demissão em massa no ano passado, a Anhanguera iniciou 2012 atrasando salários de professores nas unidades do Estado de São Paulo. Parte dos docentes recebeu, mas o valor é menor do que foi contratado.

Desde janeiro, a cada início de mês, os professores não sabem o que será depositado em suas contas. Em Osasco, por exemplo, uma professora recebeu apenas 37% do salário.

Os casos repetem-se em outras cidades, como Guarulhos e Sorocaba. Pra piorar a situação, nenhum professor consegue ter acesso ao holerite eletrônico pelo sistema da empresa.

Boa parte da reunião de 08/05 dos sindicatos da Fepesp foi tomada pelos problemas com a Anhanguera. O descaso com os professores ocorre ao mesmo tempo em que se divulga o lucro líquido da empresa nos primeiros meses do ano: R$ 62 milhões.

Em dezembro, a Anhanguera demitiu quase 1.600 professores só no Estado de São Paulo, segundo levantamento da Fepesp. A maior parte dos demitidos é formada de mestres e doutores.

As demissões e outras mudanças levaram os alunos a protestar. Em 23/04, houve manifestação na unidade da Vila Guilherme (na antiga Uniban) contra "Ambiente Virtual de Aprendizagem", que eliminou as aulas às sextas-feiras à noite.

'Modelo educacional' nacional
 
Os problemas com a Anhanguera foram discutidos em audiência pública da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Lá, as demissões foram de dezembro do ano passado a fevereiro deste ano.

Os deputados estaduais já haviam se mobilizado em São Paulo, em 08/02, quando os professores denunciaram o tratamento que recebiam da faculdade.
 
Texto: Fepesp.

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