Na semana passada os docentes e
demais trabalhadores da UnG receberam um comunicado que os advertia em relação
ao uso adequado de vestimentas. O referido documento afirma que a informalidade
de alguns trajes não condiz com o ambiente formal de trabalho e é, portanto,
passível de sanções administrativas.
A quantidade de restrições elencadas no
comunicado nos leva à seguinte reflexão:
pretenderia a direção da UnG adotar o modelo de
regimento interno típico da ditadura militar, que visava a uniformização
de roupas e comportamentos ?
Ora, a extensão da lista salta aos
olhos. Possivelmente fosse mais objetivo a direção da universidade afirmar o
que pode, já que não pode sandália alta, nem baixa, nem aberta... nem brincos
exagerados, nem perfumes exagerados, nem decotes exagerados!!! Qual parâmetro
de exagero utilizado pela UnG? Trata-se sem dúvida de um critério subjetivo e
generalizante que, por essas características, não pode produzir outro efeito
que não o profundo constrangimento a que submeteu os trabalhadores.
Em flagrante contradição com o espírito
acadêmico que deve zelar pela autonomia e pela independência na formação de
seus alunos, a UnG promove o famoso “faça o que falo, mas não o que faço”, já
que institui uma política de vestimentas pretendendo com isso a utilização de
uniformes, quando deveria orientar sua prática pelo respeito à diversidade
(social, cultural, étnica...) que caracteriza a educação. Do mesmo modo,
consideramos que ao alardear genericamente sua “política de vestimentas” a UnG
o faz em detrimento da formação e do conhecimento de seus docentes.
Propomos, então, que a Universidade,
ao invés de se preocupar com as vestimentas de seus funcionários, passe a se
preocupar com questões mais relevantes de
seu papel de mantenedora: quem sabe a UnG crie uma “política para
pagamentos dos salários na data correta”? Quem sabe a UnG passe a se preocupar
com as reduções, essas sim, exageradas, nas cargas horárias dos professores a
cada início de semestre?
Sindicato
é pra lutar!
Professor
(a), não fique só, fique sócio (a)!
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