segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Uniformização na UnG


Na semana passada os docentes e demais trabalhadores da UnG receberam um comunicado que os advertia em relação ao uso adequado de vestimentas. O referido documento afirma que a informalidade de alguns trajes não condiz com o ambiente formal de trabalho e é, portanto, passível de sanções administrativas.

        A quantidade de restrições elencadas no comunicado nos leva  à seguinte reflexão: pretenderia a direção da UnG adotar o modelo de  regimento interno típico da ditadura militar, que visava a uniformização de roupas e comportamentos ?

        Ora, a extensão da lista salta aos olhos. Possivelmente fosse mais objetivo a direção da universidade afirmar o que pode, já que não pode sandália alta, nem baixa, nem aberta... nem brincos exagerados, nem perfumes exagerados, nem decotes exagerados!!! Qual parâmetro de exagero utilizado pela UnG? Trata-se sem dúvida de um critério subjetivo e generalizante que, por essas características, não pode produzir outro efeito que não o profundo constrangimento a que submeteu os trabalhadores.

        Em flagrante contradição com o espírito acadêmico que deve zelar pela autonomia e pela independência na formação de seus alunos, a UnG promove o famoso “faça o que falo, mas não o que faço”, já que institui uma política de vestimentas pretendendo com isso a utilização de uniformes, quando deveria orientar sua prática pelo respeito à diversidade (social, cultural, étnica...) que caracteriza a educação. Do mesmo modo, consideramos que ao alardear genericamente sua “política de vestimentas” a UnG o faz em detrimento da formação e do conhecimento de seus docentes.

Propomos, então, que a Universidade, ao invés de se preocupar com as vestimentas de seus funcionários, passe a se preocupar com questões mais relevantes de  seu papel de mantenedora: quem sabe a UnG crie uma “política para pagamentos dos salários na data correta”? Quem sabe a UnG passe a se preocupar com as reduções, essas sim, exageradas, nas cargas horárias dos professores a cada início de semestre?




Sindicato é pra lutar!
Professor (a), não fique só, fique sócio (a)!

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