“...Desde
os modestos e tímidos alicerces, até as fortalecidas colunas que hoje sustentam
o ideário educacional e formativo deste colégio, o comprometimento com a
verdadeira educação está e sempre estará presente.”
Quem acessa o site do Colégio Jardim Cumbica lê a
frase acima, entre outras referências a sua história. Hoje, ao não permitir que
o Lucas – aluno negro cujo cabelo reafirma sua negritude – fosse matriculado, o
colégio demonstra que esse “ideário educacional e formativo”,
não está à venda para todos. Demonstra também que suas “colunas” são sustentadas
pelo preconceito, discriminação e segregação.
- Lucas, seu cabelo esbarra e incomoda todos
aqueles, reacionários e racistas que ainda dominam nossa sociedade e, pior, que
se propõem educar as futuras gerações!
O Sinpro Guarulhos repudia a “verdadeira
educação” que o colégio afirma promover, pois, assim como outros que
fazem da educação uma mercadoria, sabemos que ela acontece para poucos e a
custa de muita exploração do trabalho dos professores, professoras e
funcionários.
Com esta nota, o Sinpro Guarulhos também pretende reforçar seu repúdio a todo
e qualquer tipo de discriminação, como por exemplo, a que ocorreu recentemente
quando a FIFA vetou a participação de dois artistas negros no sorteio dos jogos
da copa do mundo.
Que essas e tantas outras manifestações sirvam
para lembrar o legado da luta de Nelson Mandela, e venham fortalecer e
reafirmar nossos sonhos e lutas por um mundo livre do preconceito, da
discriminação racial e social e, consequentemente, de classe.
“Não ligo
que me olhem da cabeça aos pés porque nunca farão minha cabeça e nunca chegarão
aos meus pés.”
Bob Marley
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