quinta-feira, 11 de março de 2010

"POR FORA"?

O pagamento “por fora” tem se tornado prática comum por parte considerável das instituições. Grandes empresários da educação em Guarulhos, que inclusive já tentaram a contratação de professores por cooperativas e foram autuados pelo Ministério do Trabalho, encontraram nessa forma de pagamento a saída para elevarem seus lucros.Várias são as maneiras de se aplicar esse golpe, entre elas:
- Os professores são registrados com o piso salarial e recebem “um complemento por fora”.
- As horas extras, quando são pagas, não aparecem no holerite porque são pagas “por fora”.
- Algumas escolas contratam professores para os terceiros anos do Ensino Médio visando o preparo dos alunos para o vestibular. Esses professores recebem salários diferentes dos de seus pares. Essa diferença é paga “por fora”.
- Treinos, jogos, aulas de reforço são pagos “por fora”.
- Em algumas, ainda, os professores que optam pelo registro recebem menos que aqueles que não são registrados.
GOLPE! Não existe outra denominação para tal prática, pois todos sabem que os patrões lançam mão desse recurso para diminuirem seus gastos com os encargos, pois pagamentos como décimo terceiro, PLR, Férias, entre outros são calculados com base no salário que consta no holerite. Se você está sendo vítima desse golpe, DENUNCIE!

quinta-feira, 4 de março de 2010

DE REPROVAÇÃO EM REPROVAÇÃO: o caso do PNE


A publicação da recente Avaliação do Plano Nacional de Educação leva à indignação todos aqueles que desejam e lutam para assegurar a oferta de uma educação de qualidade e pública para todos. Inicialmente devemos considerar que o Plano desde sua aprovação já não atendia integralmente aos anseios dessa parte da população, sobretudo pelo seu caráter demagógico que apontava os fins, mas não indicava os meios para sua execução, pois destinava naquela época apenas 4,8% do PIB para investimentos na educação. Hoje esse investimento subiu – de forma excessivamente tímida – para 5,1%. Distante, portanto, da previsão de que até 2010 chegaríamos a 7%. Nas duas pontas da educação a aplicação do Plano é sofrível. Na educação infantil nada próximo da meta de atendimento de 50% das crianças de 0 a 3 anos e no Ensino Superior o crescimento alarmante de 149,9% das matrículas na modalidade Ensino à Distância – alerte-se ainda que essas matrículas são para cursos de licenciatura, logo estão formando professores! Considerando apenas os aspectos elementares, é desolador constatar que os governos FHC e Lula negligenciaram amplamente a educação: as condições de trabalho e salário dos docentes é tão ou mais indecente hoje que há dez anos, o acesso a universidade ainda é de aproximadamente 13% , as taxas de repetência ainda são elevadas e o analfabetismo ainda é um problema crônico. Contudo, entre todos os dados levantados na avaliação realizada pelo INEP aquele mais preocupante é o crescimento desenfreado do Ensino a Distância. Sabemos que a maior parte das universidades que hoje oferecem esse tipo de curso são privadas, não sofrem fiscalização adequada e a qualidade da educação oferecida é – para dizer o mínimo – duvidosa. O governo Lula reforçou o incentivo ao EaD em seu PDE quando criou a Universidade Aberta Brasil com a finalidade – também duvidosa – de melhorar a formação de professores e professoras. Enquanto a Educação, de modo geral, perde significativamente com esses cursos, os donos das universidades se divertem, pois além de precarizarem sintomaticamente as relações de trabalho, ainda recebem verba do governo federal – via Prouni. Apesar do crescimento de 149,9% do Ensino a Distância, o Brasil não saiu de parcos 13% no acesso a Universidade. O que foi efetivamente colocado em prática pelo MEC, pelos governos estaduais e municipais foram as avaliações. Essas sim se multiplicaram nos últimos anos e muitas vezes os resultados são alardeados por essas instâncias para fundamentar os desmandos que praticam sob a máscara de corrigir o sistema educacional. Recentemente, os professores da Rede Oficial do estado de São Paulo estiveram no olho do furacão graças ao número elevado de docentes que não atingiram a média, esses docentes não foram poupados de críticas, ao contrário o argumento corrente foi o de que se o professor não acerta sequer 50% da prova, isso serve como prova cabal de que ele definitivamente não pode estar na sala de aula . Já as avaliações de rendimento dos alunos, por seu turno, também indicam grande defasagem, divulga-se o SARESP, a Prova Brasil, o Enem com constrangimento e, via de regra, a responsabilidade recai sobre o professor que por ser mal formado não pode ensinar direito. Empurrando para debaixo do tapete outros dados referentes a investimentos, condições de trabalho, superlotação das salas, salários sucateados – para citar apenas alguns problemas de uma longa lista - que vêm sendo a realidade encontrada por todos aqueles envolvidos diretamente com a Educação no Brasil. O resultado da Avaliação do Plano Nacional de Educação é um típico exemplo da máxima popular o Feitiço vira contra o Feiticeiro, pois essa avaliação atesta que o interesse político em mudar esse quadro é mesmo de 30%!! Percentual muito mais expressivo que todos os outros resultados citados anteriormente, porque ele ao mesmo tempo dá a medida do interesse e empenho dos governos com a Educação e os desautoriza a emitir qualquer parecer sobre o resultado das demais avaliações no setor. Caberiam, finalmente, as perguntas: Diante desse cenário a Meritocracia – apontada como grande alternativa - seria o caminho mais eficiente para melhorar o desempenho do MEC? Qual seria a premiação adequada para o percentual alcançado? Sem dúvida, a Reprovação.

Professora Andréa L. Harada Sousa.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Creche Conveniada São João Batista e Secretaria Municipal de Educação:

DESRESPEITO AOS DIREITOS DE FUNCIONÁRIAS, PROFESSORAS E CRIANÇAS
Não faz muito tempo que as professoras e funcionárias da atual creche São João Batista sofreram com a falta de pagamento de seus salários. Na época, a prefeitura não renovou o convênio com a extinta creche Paraíso do Jardim Jacy porque encontrou problemas na prestação de contas. Greves e manifestações marcaram os meses de setembro, outubro e novembro do ano passado, garantido que, além de receberem os salários atrasados, as professoras e funcionárias não seriam demitidas, já que esse foi o compromisso assumido pelo atual presidente da creche com o Secretário Municipal de Educação. Além disso, o Sr. Clóves comprometeu-se, por meio de documento assinado no sindicato, a apresentar proposta para ajustar o salário das professoras de acordo com o piso salarial da categoria e respeitar todos os direitos garantidos pela Convenção Coletiva de Trabalho.
Entretanto, parece que o Sr. Clóves não compreende bem o significado de algumas palavras, entre elas, compromisso, direitos e respeito. Apesar de difícil, tanto para o presidente como para sua esposa, seu genro e sua filha – todos funcionários da creche -, não é impossível apreender o significado de tais palavras bastando para isso, observar as professoras e funcionárias da creche.
Sem receber salários e sob constante ameaça de demissão, professoras e funcionárias têm trabalhado sob pressão permanente e em condições absolutamente precárias. Dia 26 de fevereiro de 2010, duas unidades do São João Batista estavam fechadas: uma porque teve o fornecimento de água suspenso e outra porque não há alimentação para as crianças.
Recentemente uma professora foi demitida por justa causa, embora estivesse gestante. A pedagoga que se negou a dar informações sobre suposta reunião com o sindicato também. Ambas questionavam os desmandos do Sr. Clóves e da D. Geneci. Nesse cenário, os atuais dirigentes da instituição tentam impor a lei do silêncio à força, praticando aquilo que se chama assédio moral. A Secretraria Municipal de Educação, por sua vez, além de não assumir a responsabilidade que lhe cabe, ainda envia a Supervisora Heloísa para reforçar a prática dos diretores da escola e inibir as professoras, com a alegação de que elas devem agradecer o Sr. Clóves pela manutenção de seus empregos, desconhecendo que a garantia de empregos das funcionárias foi uma vitória delas próprias na negociação pelo pagamento dos salários atrasados.
Por todas essas razões e também para assegurar que as crianças sejam bem atendidas é que estamos denunciando a situação e convocando professores e pais a se juntarem a nós, para que juntos possamos dar um basta nessa situação.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Contribuição Assistencial 2010 - Esclarecimento

No prazo de dez dias antes da efetivação do primeiro pagamento, já reajustado (1º de março), Professores e Professoras que lecionam na rede particular de ensino têm o direito de se opor ao desconto da Contribuição Assistencial prevista em Convenção Coletiva de Trabalho.

Existem muitas dúvidas quanto a natureza de tal contribuição e, por isso, sentimos a necessidade de esclarecer o motivo da cobrança.

A Assistencial é uma contribuição decidida em Assembléia Geral (amplamente divulgada), tanto no que diz respeito aos meses de desconto e pagamento, como também a porcentagem. Sua finalidade é a de manutenção dos gastos que possui nosso sindicato (contas mensais, compras de materiais de utilização diária, pagamentos dos funcionários, gastos eventuais em manifestações, etc.), já que a Contribuição Sindical (desconto sobre o salário de março no valor de um dia de trabalho) não é repassada integralmente ao Sinpro, e sim 60% de sua arrecadação total - 15% se destina à Federação de Professores (FEPESP), 5% à Confederação (CONTEE) e, ainda, 20% ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador, órgão do Ministério do Trabalho).

Em 2010, o desconto da Assistencial será de 5% sobre o salário do mês de junho, a ser pago até 10 de julho pelas Instituição de Ensino em guias emitidas pelo Sinpro.

Esperamos ter esclarecido possíveis dúvidas. Caso elas permaneçam, entre em contato conosco: 11 2472-7098 , sinproguarulhos@gmail.com ou através dos posts desse blog, que é frequentemente atualizado.

Leia a Convenção Coletiva e fique por dentro destes e de outros assuntos pertinentes a categoria.

COMPAREÇA EM NOSSA SEDE, pois é a sua presença constante que vai fortalecer o Sindicato!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

CAMPANHA SALARIAL 2010

Cara Professora, caro Professor.


Estamos no período da CAMPANHA SALARIAL 2010, que definirá a porcentagem de reajuste nos salários de toda categoria. É o que se conhece por "dissídio coletivo", a ser aplicado em março (data base) pelas Instituições de Ensino.
A partir de então é que serão definidas as próximas Convenções Coletivas de Trabalho. Até lá, as anteriores (2008-2009) continuam vigorando.
Leia as cláusulas referentes ao Reajuste Salarial e saiba como funciona esse processo (cláusula 4 das Convenções dos Ensinos Básico e Superior; cláusula 3 dos Acordos do Sesi e do Senai - o link que acessa cada uma das convenções e cada um dos acordos consta neste blog, ao lado esquerdo da tela).
Caso o dissídio seja definido depois da data base, as Instituições devem pagar as diferenças retroativas.

Participe da campanha, divulgando aos colegas e comentando neste post as diversas atividades exigidas no seu trabalho: vamos ampliar a discussão!