quarta-feira, 27 de março de 2013

UnG – Contradições, Abusos e Vidiotices

Depois da falta de sensibilidade de, na semana em que se comemora o Dia dos Professores, a UnG ter lançado uma “cartilha” orientando os professores sobre como deveriam se vestir, em ato de extrema contradição, o Reitor da universidade, Alexandre Estolano, deu as “boas vindas” aos professores, para o início das atividades de 2013, com mais uma das suas:
Em princípio, constava na programação que o reitor deveria proferir uma palestra. Possivelmente, porém, pela absoluta falta do que dizer, o Sr. Estolano resolveu “brindar” os professores com dois vídeos absurdos, constrangedores e de extremo mau gosto. No primeiro, ele se deu a liberdade de “roubar” fotos de seus amigos de Facebook e colocar, em slide show, legendas “brincalhonas”, mas, de fato, desabonadoras, dos professores da casa: um professor, ao piscar em uma foto, era mostrado como “aquele que dorme em sala de aula”, outro como alguém que “bebe além da conta” fora do horário de trabalho e, ainda, uma professora, com um filho nos braços, como alguém que está “cheia de amor para dar”.
Como se não fosse o suficiente, o segundo vídeo traria ainda mais ridicularização e constrangimento aos professores: ao som de “Eu quero tchu, eu quero tchá”, professores eram mostrados lendo frases sobre a instituição. As frases e as imagens, porém, eram editadas, fragmentadas e repetidas de forma a deixar os professores com expressões abobalhadas no vídeo.
Com tamanha falta de respeito, de ética e bom senso, como pode alguém querer que os alunos tenham respeito por seus mestres se a própria instituição demonstra tamanho desrespeito? Como pode a instituição exigir “trajes adequados” dos professores quando seu reitor tem atitudes tão inadequadas? Enorme contradição e “senso de humor” lamentável...
Vale registrar que o Sinpro recebeu reclamações a esse respeito e se coloca, incondicionalmente, ao lado dos professores que se sentiram humilhados e constrangidos.
Atraso de salários: O Sinpro processou a UnG por seguidos atrasos de salário ao longo dos últimos anos. Geralmente, tais atrasos acontecem em forma de “rodízio” (o de uns atrasam, o de outros, não). A instituição, embora conte com dias letivos aos sábados, não considera o sábado como dia útil, algo que também foi alvo de discussão e litígio e, contrariando a CLT, vários pagamentos da universidade aos professores aconteceram após o dia 07 de cada mês.
A primeira audiência para resolver tais atrasos aconteceu no dia 20 de março de 2013 e nova audiência está marcada para o dia 19 de abril.
Fechamento dos cursos de Licenciatura na UnG: Como boa seguidora das tendências de mercado, a UnG demonstra seu descaso com a Educação ao fechar, sistematicamente, os cursos de Licenciatura. Após mais de 40 anos se apoiando nas costas da categoria, a UnG dá de ombros e deixa de formar professores, sem perceber (?) que, com isso, apequena-se e deixa, um pouco mais, de ser uma Universidade de fato.
Estacionamento: Há tempos que o sindicato vem lutando para que o estacionamento seja gratuito e nunca nos deram ouvidos a esse respeito, com o argumento de ser terceirizado e depender da contratação de manobristas. No entanto, os aumentos de preço praticados sempre nos causaram muita estranheza, pois em momento algum acompanharam algum índice inflacionário, pelo contrário, de semestre a semestre, os aumentos são de 20%. Desta vez, cada ticket que saía por R$ 3,18 passou a R$ 4,09 e, com a novidade do fim dos tickets, passa para R$ 5,00 ( preço único), o que, pelos nossos cálculos, é algo em torno de 57,2% de aumento. A indignação é total por parte de todos com relação à manobra feita pela "administradora do estacionamento" para uma maior arrecadação, cancelando os talões daqui por diante. Utilizando as palavras do próprio gerente do "Parking Area", (aliás, o mesmo que não teria tido um fino trato com alguns professores, dadas as queixas que já ouvimos), dizendo haver muita procura e pouca oferta, e, dessa maneira ter-se-ia tomado tal decisão. O estacionamento não pode ser um meio de baratear a hora aula do professor, esse deve se sentir em casa, acolhido e não se sentir logrado. É preciso lembrar que há professores que vão à instituição apenas para ministrar duas aulas e outros que permanecem o dia todo e há, também, períodos em que o estacionamento se encontra vazio, não havendo, dessa forma, a necessidade de manter tal sistema operacional. É bom que se saiba, mais uma vez, que sempre nos posicionamos contra essa cobrança e não concordamos sequer com o aumento anterior ao anterior! Para o Sinpro, o estacionamento deveria ter custo zero. Como, porém, o serviço continua sendo cobrado (e cobrado até demais), sugerimos que os professores peçam nota fiscal dos valores pagos no estacionamento. É uma maneira de criar um registro e forçar a observação de algumas leis como recolhimento de impostos e controle de aumentos abusivos.
Campanha Salarial: Neste momento estamos em campanha salarial. Para 2013, nossa proposta tem quatro eixos: aumento real de 3% (sobre a inflação do período), Piso Salarial e fim da superlotação das salas de aula (físicas e virtuais), Trabalho regulamentado e pago (incluem-se, neste eixo, a "Hora-tecnológica", e as aulas e atividades a distância) e, por fim, a Titulação reconhecida.
Participe da campanha!
 
Professor, não fique só. Fique sócio.

sexta-feira, 15 de março de 2013

MANIFESTO EM DEFESA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO


(SOLIDARIEDADE AO PROF. RICARDO ANTUNES)

Recentemente, chegou ao conhecimento dos abaixo assinados a existência de uma interpelação judicial, movida pela PROIFES (Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior), tendo como interpelado o Professor Ricardo Antunes. Por intermédio dessa medida judicial, a entidade sindical pretendeu opor-se a declarações que Ricardo Antunes havia proferido no Programa Roda Viva da TV Cultura, no dia 03 de setembro de 2012. Suas palavras, respondendo a uma pergunta sobre a greve dos Professores das universidades federais, ditas ao vivo, foram: “Alguém acredita que não tem greve? Que a greve acabou porque uma entidade criada pelo governo, incentivada pelo governo, ela não fala pelo conjunto – a chamada PROIFES, ela não fala pelo conjunto dos Professores, as universidade federais ainda estão paralisadas...”.

A fórmula utilizada, no entanto, sobretudo em razão do conteúdo ameaçador da peça inaugural da ação, foi bem além da oposição de ideias, tendo servido, isto sim, para judicializar a política, o que é bastante grave, sobretudo para o movimento sindical, que durante décadas teve sua voz dificultada pela atuação judiciária.

Entendem os signatários desse documento que o Professor Ricardo Antunes, cuja integridade tanto intelectual, quanto pessoal, é notória, apenas expressou livremente as suas impressões a respeito da atuação de tal entidade. Assim, nada mais fez do que utilizar o seu direito constitucional de livre manifestação do pensamento, na forma prevista no art. 5º, inciso IV, da Constituição da República Federativa do Brasil.

Entendemos que, para o avanço e o favorecimento do exercício democrático, caberia à entidade em questão, caso quisesse, vir a público e se pronunciar sobre a fala do Professor, apresentando os seus fundamentos fáticos. Sem nos posicionarmos a respeito de eventual controvérsia que pudesse advir, repudiamos, firmemente, o meio utilizado, que recusa o debate e visa a recriminar o opositor, principalmente porque entendemos essencial para a melhoria das instituições brasileiras o permissivo da crítica e da contraposição franca e aberta das ideias.

Ademais, juridicamente falando, com o advento da democracia no Brasil,  a liberdade de expressão foi integrada ao conjunto normativo como direito fundamental e, ainda que no cotejo com outros valores de caráter individual, não deve, por princípio, ser tolhida ou mesmo ameaçada.

A Constituição de 1988, no aspecto do dispositivo acima mencionado, foi, sem dúvida, fruto da grande conquista popular frente aos anos da ditadura que vergastaram nosso país, não se podendo conceber, por ser uma afronta às garantias democráticas, que qualquer instituição, valendo-se de aparatos jurídicos, volte-se contra o cidadão, buscando calá-lo ou amedrontá-lo, especialmente dentro de uma relação entre representante e representados e mais ainda em se tratando de instituições que devam ser tidas como responsáveis pela livre manifestação de docentes.

O aperfeiçoamento democrático de qualquer instituição, como as entidades sindicais, os poderes instituídos e outros, somente pode frutificar no livre campo das críticas que as façam florescer para o cumprimento de seus reais desígnios, favorecendo a construção de um país cada vez melhor e efetivamente democrático, onde o exercício do debate crítico é vital.

Assim, os abaixo-assinados, desejosos em contribuir, de forma constante e progressiva, por meio do exercício do direito à livre manifestação, com a instituição de uma lógica democrática no Brasil, vêm, por meio desse manifesto, reafirmar sua contrariedade a todas as práticas antidemocráticas, repudiando, por consequência, a iniciativa da PROIFES, de interpor medida judicial em face do Professor Ricardo Antunes para contrapor-se às impressões por este manifestadas de modo democrático e no exercício livre do debate de ideias.

Compareça!


terça-feira, 12 de março de 2013

Aos professores do Colégio Adventista



Após negociações iniciadas em dezembro de 2012, foi firmado um termo de compromisso entre o Sinpro Guarulhos e os representantes da Mantenedora a fim de  corrigir  algumas irregularidades:

Dia “D” – pagamento de horas-extras e desvio de função;
Horas-extras – eventos e aulas de reforço;
Férias;
Discriminação das horas-extras no holerite.

Ficou acordado que a partir de 2013 não haverá mais convocação dos professores e professoras para trabalharem no chamado Dia “D”, bem como todas as atividades realizadas fora do horário habitual de aulas serão remuneradas como horas-extras. Quanto às férias relativas ao ano de 2012, os representantes da Mantenedora encaminharam as cópias do recibo de férias, comprovando o efetivo gozo de 30 dias. Alegaram ainda que houve um problema interno na confecção do calendário daquele ano o que teria gerado a reclamação.

Professores(as), é muito importante estar atendo à Convenção Coletiva de Trabalho que regulamenta a função docente em escolas privadas. Nela constam todos os direitos específicos da categoria diferenciada dos professores, por exemplo: garantia semestral de salários, direito integral a duas bolsas para os dependentes, acréscimo de 5% de hora-atividade, garantia de recesso de 30 dias, além de outros.

Nós, do Sinpro Guarulhos, consideramos positivo o resultado desta negociação, pois assegura que as irregularidades antes cometidas não se repetirão. A garantia dos direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho em nosso local de trabalho assegura também os direitos de toda a categoria.


Professor(a), filie-se ao Sinpro Guarulhos e fortaleça sua categoria!


SINDICATO É PRA LUTAR!
MARÇO/2013